quinta-feira, 22 de maio de 2008


Estradas

Somos viajantes do tempo, dentro de uma vida situada em algum ponto entre o nascer e o infinito, somos atores em papéis diferentes, cada um com suas dificuldades, lutas e desafios.

Somos centelha Divina, faíscas de um Ser Superior tentando achar uma saída para nossas angústias, somos simples e complicados ao mesmo tempo, dóceis com os amigos e ferozes quando provocados, somos capazes de atos maravilhosos quando amamos, e terríveis quando o ódio domina nossos sentidos.

Em um momento calmaria, noutro explosão, queremos a paz e nos alistamos para a guerra, somos contra a violência, e votamos sim para às armas.

Nos apaixonamos e nos casamos, brigamos e separamos, ficamos inquietos, somos inquietos. Quem ontem era o nosso doce, azedou, quem era a nossa razão, se perdeu, e nós mesmos, perdidos, não sabemos o que queremos.

Por isso, nossa maior missão é nos conhecermos de verdade, descobrir quem somos e o que pode preencher a nossa alma.

Para sermos verdadeiramente felizes, precisamos afirmar ao espelho: eu me aceito como sou, não sou melhor, nem pior que antes, estou no caminho, por onde passar, quero deixar saudades, amigos, flores e um desejo sincero de retornar.

Aprendi que sou parte da estrada de muita gente, por isso, quero estar sempre pronto, para, se preciso for, sempre recomeçar, porque estou no caminho e preciso amar...

Paulo Roberto Gaefke

quinta-feira, 15 de maio de 2008



As estrelas

Foram-se abrindo aos poucos as estrelas...
De margaridas lindo campo em flor!
Tão alto o céu!...Pudesse eu ir colhê-las...
Diria alguma se me tens amor.

Estrelas altas! Que se importam elas?
Tão longe estão...Tão longe desse mundo...
Trêmulo bando de distantes velas
Ancoradas no azul do céu profundo...

Porém meu coração quase parava,
Lá foram voando as esperanças minhas
Quando uma, dentre aquelas estrelinhas,

Deus a guie! do céu se despencou...
Com certeza era o amor que tu me tinhas
Que repentinamente se acabou!

Mario Quintana

- num momento de buscas, de encontro e desencontros,
achei essa poesia tão singela... bom pra acalmar os animos...

terça-feira, 13 de maio de 2008

J.G. de Araulo Jorge


Presença

Estou longe de ti. De repente um vento que sopra,
uma folha que cai, uma estrela que brilha,
um perfume que passa
são, instantaneamente,
a tua presença
ao meu lado...E saio a te procurar,
como se obedecesse
a algum sinal combinado.

-- hj... só poesia...sem palavras...sem sentido...sem nada.....


domingo, 4 de maio de 2008

Tô indo embora.... [como se eu pudesse]



Eu desço dessa solidão, espalho coisas sobre um chão de giz
Há meros devaneios tolos a me torturar
Fotografias recortadas de jornais de folhas amiúde
Eu vou te jogar num pano de guardar confetes
Eu vou te jogar num pano de guardar confetes

Disparo balas de canhão, é inútil, pois existe um grão vizir
Há tantas violetas velhas sem um colibri...
Queria usar quem sabe uma camisa de força ou de Vênus
Mas não vão gozar de nós apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar gastando assim o meu batom

Agora pego um caminhão, na lona vou a nocaute outra vez
Pra sempre fui acorrentada no seu calcanhar
Meus vinte anos de "boy, that's over, baby",
Freud explica
Não vou me sujar fumando apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar gastando assim o meu batom
Quanto ao pano dos confetes já passou meu carnaval
E isso explica porque o sexo é assunto popular

No mais estou indo embora

No mais...

[Zé Ramalho]

meu humor hj, é feito essa musica ....